Skyrunning na Serra de Sintra
No dia 4 de fevereiro, a Serra de Sintra recebeu, pela primeira vez, uma prova de Skyrunning. Tendo como objetivo o Santuário da Peninha, o Turres Trail Clube propôs o primeiro evento da época de Skyrunning, uma SkyRace® com cerca de 27 Km e 1800 m de desnível positivo, à qual se juntava uma corrida mais curta, mas não menos difícil, com 17 Km e 1200 metros de ascensão acumulada. A prova maior deu início à Taça de Portugal de Sky e Troféu da Juventude para o escalão Sub-23, contando com 238 inscrições, enquanto a corrida mais pequena, que integrava o Troféu da Juventude de Skyrunning para os escalões de Juvenis e Juniores, atraiu 250 inscritos.
Utilizando variados trilhos característicos desta Serra, o evento teve como centro nevrálgico a Malveira da Serra, dado que a Peninha não suportaria a quantidade de participantes e suas viaturas e estava-se num Parque Natural. Portanto, a partida foi dada na Malveira e a chegada junto ao Santuário da Nª Senhora da Penha (ou Peninha).
O dia apresentou-se solarengo mas fresco. O vento, que por vezes se mostrou forte nos pontos altos da prova, fazia baixar consideravelmente a sensação térmica. Por esta razão, entre outras, os juízes-árbitro foram inflexíveis no controlo do material obrigatório.
Na SkyRace®, Guilherme Lourenço (C.R.P. Ribafria) cedo tomou a liderança e, destacado, venceu a prova com o tempo de 2h39m57s. Perseguido de perto por Délio Ferreira (C.A. Barreira), durante parte da corrida, este atleta viria a perder o 2º lugar mercê do ataque de Emanuel Machado (DAP-A.D.A. Portalegre). De qualquer forma, Délio Ferreira acabou por vencer o seu escalão (VM40), enquanto Guilherme Lourenço foi o vencedor do escalão de Seniores.
Fernando Oliveira (C.C. Lisboa)
venceu nos veteranos VM60 e João Lopes (G.D. Parreira) foi o primeiro do escalão Sub-23, obtendo pontuação máxima para o Troféu da Juventude.
No sector Feminino, a atleta “da casa” Sofia Roquete foi a vencedora à geral, com 2h12m12s. Separada por dois minutos, Sara Brito (C.A. Barreira) secundou-a, mas foi a primeira federada (e 1ª VF40), seguindo-se Filipa Castela (A.D. Gorunners), 1ª do escalão de Seniores, e Diana Elias (C.A. Barreira). Elena Iabanji (A.D. Gorunners) foi a primeira veterana VF50.
A corrida de 17 Km foi vencida por Fábio Fontoura (A.D. Gorunners), com 1h38m03s, logo seguido do primeiro Juvenil, Diogo Gomes, a cerca de dois minutos. Esta corrida contava para o Troféu da Juventude 2018, tendo Diogo Gomes (Associação Abútrica) triunfado entre os Juvenis masculinos, Jorge Soares venceu o escalão de Juniores Masculinos e Juliana Oliveira nos Juniores Femininos.
Após a primeira prova da época, o Troféu de Clubes começa por ser liderado pelo Clube de Atletismo da Barreira, seguido da Associação Desportiva Gorunners e pelo Montanha Clube. Estiveram representados 16 clubes filiados na FCMP.
Pode-se afirmar que, para primeira edição, os percursos delineados por Vitor Capelas e Anabela Pombeiro tinham boas características técnicas e de dificuldade, como se pretende numa prova de Skyrunning. Existirão algumas arestas a limar para que tudo corra melhor da próxima vez. No entanto, o evento foi deveras positivo, na opinião de muitos atletas.
Destacou-se um elevado número de atletas penalizados por falta de algum ou vários itens do material obrigatório. Qualquer entidade organizadora e a FCMP sabem que, não colocando a obrigatoriedade de algum material, os atletas tendem a partir o mais leve possível. Por vezes, a obrigação pode não estar bem explícita no regulamento, facto que será tido em conta em futuras edições. No entanto, este material obrigatório,
que se espera nunca venha a ser necessário, serve apenas para salvaguardar a integridade física e a saúde de qualquer atleta, no caso de surgir um imprevisto. Frequentemente, na montanha, a meteorologia altera-se rapidamente e estes itens obrigatórios servirão de auxílio e proteção, no caso em que o atleta seja apanhado por uma intempérie ou quando tenha um “dia não” e demore mais tempo que o previsto para chegar ao final.
Isto para dizer que também não é agradável para os juízes-árbitro de Skyrunning penalizarem os atletas que muitas das vezes não leram o Regulamento da prova em que participam ou que julgam nunca haver controlo de material. Uma competição de Skyrunning tem como terreno de jogo a montanha e esta tem de ser vista como tal e não como uma área civilizada em que o socorro está a poucos minutos de distância. De qualquer forma,
refira-se que a maior parte dos atletas, entre os quais todos os federados, não foram penalizados, o que demonstra que também há quem dê atenção aos regulamentos.
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Alex Tondela |
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Carmen Silva |
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Délio Ferreira |
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Diana Elias |
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Diogo Gomes |
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Emanuel Machado |
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Frederico Cerdeira |
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Guilherme Lourenço |
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Juliana Oliveira |
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Nuno Dias |
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Rita Lopes |
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Salete Tavares |
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Sara Brito |
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Pódio Feminino |
CLASSIFICAÇÕES SKYRUNNING 2018